Delimitação da área do Campus Capital-Butantã
Em junho de 1935, o governador do Estado de São Paulo, Armando de Salles Oliveira, nomeou uma comissão presidida pelo primeiro reitor da USP, Prof. Reynaldo Porchat, para estudar a localização da Cidade Universitária, que deveria reunir, em uma única área, as escolas da USP, que se encontravam, em sua maioria, em instalações provisórias espalhadas por diversos locais da cidade de São Paulo.
Após anos de estudos e discussões, a Cidade Universitária "Armando de Salles Oliveira" CUASO foi criada a partir de duas áreas principais: inicialmente da gleba entre a Adutora de Cotia e o Ribeirão Jaguaré (destacada da antiga Fazenda Butantan), em 1941, e posteriormente da gleba desapropriada entre a nova e a velha Estrada de Itu, em 1944, perfazendo aproximadamente 4.700.000,00 m², o equivalente aos 200 alqueires paulistas previstos na criação da comissão presidida pelo reitor.
Implantação do Campus
No ano de 1944, foi criada a comissão para a construção da Cidade Universitária - mesmo ano em que o Instituto de Pesquisas Tecnológicas, IPT, Condômino do campus, iniciou as obras do seu Laboratório de Ensaios na Cidade Universitária. Esta comissão gerou a formação do Escritório Técnico que elaborou os primeiros projetos para construção dos prédios no campus.
A construção da Cidade Universitária sempre esteve relacionada aos investimentos do Governo Estadual, que dependia da Programação dos Investimentos Públicos e do Apoio à Educação, recursos estes inconstantes, resultando em descontinuidade na execução das obras.
Os principais períodos de construção foram:
Primeira fase: de 1951 a 1953, durante a gestão do Reitor Ernesto de Moraes Leme, na qual se destaca a construção do prédio da Reitoria;
Segunda fase: de 1960 a 1963, durante a gestão do Reitor Antônio Barros de Ulhôa Cintra. Nesse período tiveram início as obras dos edifícios principais da Escola Politécnica;
Terceira fase: de 1969 a 1973, gestão do Reitor Miguel Reale. Nove unidades foram criadas, com destaque para a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Instituto de Psicologia, Faculdade de Educação e Instituto de Física;
Quarta fase: 1988 a 1991, gestão do Reitor José Goldenberg. Essa fase é marcada por obras de limpeza e recuperação da Torre Universitária e do espelho d’água, na Praça do Relógio.
Em 28 de Agosto de 1956, o então governador Jânio Quadros assinou uma lei que deu o nome de "Armando de Salles Oliveira" à Cidade Universitária. Em 1960, é instituído o Fundo para Construção da Cidade Universitária, viabilizando maior agilidade das decisões e iniciando uma das fases áureas de construção no Campus. Dez anos depois, com diversas unidades de ensino funcionando na CUASO e cada vez mais necessidades relacionadas à infraestrutura, são criados, a partir do fundo existente, o Fundo de Construção da Universidade de São Paulo e a Prefeitura da Cidade Universitária, que ao longo dos anos seguintes deram ao Campus sua configuração atual.
Fonte: O Espaço da USP: Presente e Futuro, publicação da Prefeitura Campus Capital-Butantã da Universidade de São Paulo em comemoração ao cinquentenário da Universidade, 1985.
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